No sistema capitalista selvagem no qual nós nascemos e não somos obrigados a conviver, a educação é tida como um mero instrumento de auto-reprodução do capital, sendo utilizada como instrumento alienante e segregador.
Mas podemos nos colocar em uma posição crítica, capaz de reverter este quadro, partindo do princípio de que o conhecimento é libertador e condição primordial para a emancipação do homem.
Para tal, o processo educativo é o início de tudo, e o processo educativo é em sua natureza, transformador, capaz não só de ensinar o homem a decodificar os códigos de leitura e das ciências, mas também de enxergar o mundo como ele o é. Um mundo marcado por desigualdades, desigualdades essas inerentes ao processo de reprodução e descriminação do sistema capitalista. Tornar o homem capaz de enxergar que não existe um determinismo histórico, uma lei invisível que obriga as coisas a continuarem como elas são, desiguais. Fazê-lo compreender que como sujeito histórico ele é capaz de mudar essas condições de desigualdade, conhecendo a estrutura do sistema e contrapondo através de ações coletivas, capazes de modificar o modo de vida imposto pelo capitalismo.
Romper os limites que cerceiam o verdadeiro conhecimento, que em sua essência é libertador, eis o desafio do educador, transformar a rebeldia, a revolta por falta de condições sociais dignas em um sentimento revolucionário, onde todo o ódio e a raiva possam se tornar o combustível para a transformação social. Se não for com esse objetivo a educação perde seu foco principal, foco esse que é o de mudar o MUNDO!
No entanto para esse processo acontecer necessitamos de educadores engajados, com ideologicamente fortes e capazes de assumir essa missão. Encerro como uma questão: Estamos, como educacores, preparados para isso?
Continuaremos o debate em outro momento.
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