Tenho feito muitas reflexões sobre os sonhos e os desafios de nossos jovens. Lembro-me de um pensamento do grande revolucionário argentino de nascimento e cidadão do mundo por sentimento, Che Guevara: “A argamassa fundamental de nossa obra é a Juventude, nela depositamos nossa esperança e o preparamos para tomar de nossas mãos a nossa bandeira de luta”
Então, faço a seguinte pergunta: A juventude realmente está sendo a argamassa de nossa obra? Realmente depositamos nela esperança? Estamos preparando nossos jovens para assumir postos importantes? A resposta das três perguntas é não!
No atual cenário sócio-político-econômico em que atuamos, o jovem carrega o peso da transitoriedade, por isso não é percebido como agente político. Não participa ativamente das decisões, sendo submetidos a planos inferiores. Um grave erro! Que cria uma juventude inerte, incapaz de reconhecer e lutar por seus direitos e se sujeitando a migalhas e favores onde na verdade são direitos garantidos e inalienáveis que são dados a conta gotas.
O que é ser jovem no Brasil hoje?
É pertencer a um grupo de cerca de 40 milhões de pessoas, ou seja, 20% da população do país. É está ligada de alguma forma ao mundo do trabalho, pois de cada 10 jovens entre 15 e 24 anos, 7 estão trabalhando ou buscando trabalho. É cumprir uma longa jornada de trabalho associada aos estudos.
É fazer parte daqueles que tem como maior preocupação o desemprego e a violência. É uma imensa massa que é jogada a segundo plano, por está em formação.
No entanto, você jovem tem que se conscientizar do seu papel, papel de “produtor do mundo”, ou seja, capaz de criar condições reais de desenvolver-se. Lutar por espaços dignos que levem você a um crescimento, a mudar o quadro atual.
Como fazer isso?
Se organizando. Nas palavras de Chico Sciense: “eu me organizando posso desorganizar”. Desorganizar o quê? Esse sistema sócio-político- econômico que nos sujeitos aos piores lugares.
A história já mostrou que quando os jovens se organizam as estruturas tremem. Veja o papel da UNE na luta contra a falta de Nacionalismo quando tentaram impedir a criação da PETROBRÁS em 1953. Na luta pela democracia nos anos de chumbo, no Fora Collor, o último grande embate, onde expulsamos um presidente. A história prova a força que os jovens têm.
Lanço uma pergunta especificamente à juventude Pacajuense:
Como você está sendo tratado pelo poder público?
Onde estão os espaços de lazer? Teatro? Dança? Skate? Futebol? Educação? Cadê o cursinho?
Vou parar são tantas perguntas, minha revolta aumenta!
Só mais uma pergunta: VOCÊ VAI FICAR AÍ PARADO OU VAI SER A REVOLUÇÃO EM PESSOA?
Professor,
ResponderExcluirDeveras a juventude sofre desse problema que assola a maior parte da população. Para que cursinho se a intenção é continuar a ludibriar os jovens, deixando-os sem poder de discernimento? Para que cultura se as "festas tradicionais" são o "poço inesgotavel" de lazer da população pacajuense?
A maneira dos empresários fazerem política sempre será a mesma. Só trabalham com resultados parciais, baseados em dados que nem sempre demonstram a verdadeira situação da população nunca atendendo a realidade que essa gostaria de possuir.
abraço.
Tenho conhecimento de causa.Faço parte das estátisticas sobre o Jovem Brasileiro.
ResponderExcluirE me entristece muito vê o desisnteresse de nós,estudantes.Estamos cada vez mais acomodados.
Um dia sonharam um mundo melhor pra gente,e lutaram para conseguir que isso virasse realidade.
E o que nós fizemos pra garantir esses direitos de liberdade? nada.
Mas,ainda acredito que o sonho não acabou.
É hora de agir!